Alternativas para o controle do estresse em suínos

Nas criações dos suínos os animais são expostos a circunstâncias estressantes, o que impacta negativamente na saúde, no bem-estar e na produtividade desses animais. Desta forma, é importante pensar em alternativas para o controle dessa situação. Confira!

Introdução

A suinocultura é uma das principais atividades que movimentam o agronegócio no Brasil, prova disso é que o rebanho suíno alcançou em 2020 a terceira posição mundial, contabilizando 41 milhões de cabeças (o que corresponde a 4,4% do total). Esses números foram levantados em um estudo conduzido pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (SIRE) da Embrapa, considerando o período de 2000 a 2020 (ARAGÃO; CONTINI, 2020). Diante dessa expressividade, fatores como o bem-estar animal e o controle do estresse tem ganhado cada vez mais espaço, já que refletem diretamente no sucesso da produção.  

Cabe ressaltar que na maioria dos sistemas de criação os suínos estão expostos a uma série de fatores estressantes, dentre eles a mudança de ambiente e o compartilhamento de alojamentos entre animais de lotes diferentes. Essas situações de estresse comprometem o bem-estar e a saúde dos suínos, resultando por exemplo em doenças como a diarreia, distúrbios metabólicos, mastite-metrite-agalaxia e consequentemente em prejuízos econômicos (VAN DER STAAY, 2007).

Consequências do estresse no organismo

Quando submetidos a situações estressantes os suínos passam por inúmeras mudanças comportamentais e fisiológicas, com destaque para o aumento na produção dos hormônios como o cortisol, glicocorticoide mais utilizado para a avaliação do bem-estar animal (URREA, 2020). Esse aumento pode levar a uma resposta imunológica reduzida e a maior suscetibilidade a doenças. Sem contar que o estresse, de maneira geral pode afetar o apetite, a ingestão de alimentos, resultando em quedas na taxa de crescimento dos animais e na produção da carne, além de mudanças no comportamento como o canibalismo.

Como controlar o estresse nos suínos?

Diante dos inúmeros impactos causados pelo estresse no organismo dos suínos, alternativas para minimizar o estado devem ser pensadas. De forma geral, o manejo dos animais no decorrer de toda a cadeia produtiva deve ser conduzido por pessoas devidamente treinadas, evitando o uso de equipamentos inadequados, a superlotação de animais ou a mistura de diferentes lotes especialmente nas salas de espera para o abate, além disso, é importante que o transporte dos suínos seja realizado nos períodos mais frescos do dia (ALVES et al., 2016; MOTA-ROJAS et al., 2012 apud EINSFELD, 2016).

Além dessas medidas, outra forma de reduzir os efeitos do estresse no organismo é através da administração de medicamentos que contribuam para essa atividade (VAN DER STAAY, 2007). Um estudo publicado pelo Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, em 2007, sobre os efeitos do Butafosfan no cortisol salivar e na resposta comportamental do estresse em suínos, levantou a hipótese de que em uma formulação contendo Butafosfan e Vitamina B12, o Butafosfan seria o componente principal responsável pela diminuição da resposta ao estresse (embora nos humanos, a Vitamina B12 tenha sido relacionada ao controle da ansiedade ou irritação).

Desta forma, a eficácia da associação foi avaliada no tratamento metafilático do estresse em suínos em alojamentos, concluindo-se que o Butafosfan apresenta efeito antiestresse. Segundo o estudo, como não foi realizada uma investigação a nível molecular ou endócrino dos efeitos do Butafosfan no eixo hipotalâmico, hipofisário, adrenal, permanece a possibilidade de que o comportamento agressivo dos animais diante o estresse foi reduzido devido a uma atividade global do organismo diminuída.

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Adicionalmente, a Vitamina B12 contribui para o estímulo do apetite e para a produção de hemácias. Nos casos dos suínos recomenda-se a administração por via intramuscular, intravenosa ou subcutânea de 2,5 a 10 mL, uma vez ao dia, por até duas semanas, a critério do Médico Veterinário. Catofós B12, dentre tantas vantagens não deixa resíduos na carne dos animais de produção, além de apresentar excelente custo-benefício. O produto está disponível em frascos de 20, 100 e 250 mL. Para mais informações sobre o Catofós B12 e outras soluções JA Saúde Animal, acesse o nosso site!

Juliana Ferreira Melo

(Médica Veterinária / Jornalista)

Referências

ALVES, A, R.;FIGUEIREDO JÚNIOR, J, P.; SANTANA, M, H, M.;ANDRADE, M, V, M.; LIMA, J, B, A.; PINTO, L.S.; RIBEIRO, L.M. Efeito do estresse sobre a qualidade de produtos de origem animal. Revista PUBVET.v.10, n.6, p.448-459, Jun., 2016.

ARAGÃO, Adalberto; CONTINI, Elisio. O Agro no Brasil e no Mundo: Uma Síntese do Período de 2000 a 2020. Embrapa SIRE. Brasília, DF: Portal Embrapa (Versão 3.112.0) p01, 2020. Disponível em: https://www.embrapa.br/documents/10180/62618376/O+AGRO+NO+BRASIL+E+NO +MUNDO.pdf/41e20155-5cd9-f4ad-7119-945e147396cb. Acesso em: 03 mai. 2023.

EINSFELD, S. M. ; PADILHA, J. B. ; GROFF, P. M. ; PEREIRA, L. K. ; CECILIO, M. E. ; FURLAN, A. C. ; ROSSI, P. . EFEITO DO MANEJO PRÉ ABATE NA QUALIDADE DA CARNE SUÍNA. In: Conferência e Mostra Científica Internacional em Bem-Estar Animal, 2016, Itapiranga-SC. EFEITO DO MANEJO PRÉ ABATE NA QUALIDADE DA CARNE SUÍNA, 2016.

GRANDIN, T. Farm animal welfare during handling, transport, and slaughter. Journal American Veterinary Medical Association, v.204, p.372-376, 1994.

MOTA-ROJAS, D.; BECERRIL-HERRERA, M.; ROLDAN-SANTIAGO, P.; ALONSOSPILSBURY, M.; FLORES-PEINADO, S.; RAMIREZ- NECOECHEA, R.; RAMIREZTELLES, J. A.; MORA-MEDINA, P.; PEREZ, M.; MOLINA, E.; SONI, E.; TRUJILLOORTEGA, M. E. Effects of long distance transportation and CO2 stunning on critical blood values in pigs. Meat Science, v.90, p.893-898, 2012.

ROSENVOLD, K.; ANDERSEN, H. J. Factors of significance for pork quality – review. Meat Science, v.64, p.219-237, 2003a.

VAN DER STAAY, F. J. et al. Effects of Butafosfan on salivary cortisol and behavioral response to social stress in piglets. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, v. 30, n. 5, p. 410–416, 2007.

Urrea, Valentina Montoya. APLICAÇÃO DE DIFERENTES DENSIDADES DURANTE O TRANSPORTE DE SUÍNOS ATÉ O FRIGORIFICO E SEUS EFEITOS NO COMPORTAMENTO, BEM-ESTAR ANIMAL E QUALIDADE DA CARCAÇA E DA CARNE. 2020. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/202797/urrea_vm_me_jabo.pdf?sequence=3. Acesso em: 03 mai. 2023.

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