Desafios do Período de Transição em Vacas Leiteiras

Neste artigo, exploraremos os desafios enfrentados pelas vacas produtoras de leite durante o período de transição e as estratégias de manejo para superá-los com sucesso

Introdução

O período de transição é uma fase crítica na vida de uma vaca leiteira, compreendendo as três semanas antes do parto e as três semanas subsequentes, durante as quais o animal se prepara para o fim da gestação e ao mesmo tempo para o início produção de leite. Embora seja um momento de grandes mudanças fisiológicas e metabólicas, muitas vezes subestima-se sua importância para a saúde e a produtividade da vaca. Cabe ressaltar que, a principal dificuldade enfrentada está relacionada ao aumento da demanda de nutrientes para a produção de leite, que associado ao baixo consumo de matéria seca tem como resultado o baixo aporte de nutrientes (RABELO; CAMPOS, 2009).

Diante disso, o período de transição é propício para o aparecimento de algumas enfermidades metabólicas. Dentre elas, é possível citar o Edema de Úbere (que geralmente ocorre por conta do comprometimento do fluxo do sangue de retorno da glândula mamária); a Hipocalcemia (uma redução dos níveis séricos de cálcio), também chamada de Febre do Leite ou Síndrome da Vaca Caída; a Retenção das Membranas Fetais ou Retenção de Placenta (ocasionada por diversos fatores como: abortamentos, carências de vitaminas ou minerais que podem levar a problemas infecciosos e partos distócios); Acidose Ruminal (provocada por ácidos graxos voláteis ou por ácido lático), Esteatose Hepática (caracterizada pelo acúmulo de gordura no interior dos hepatócitos), Cetose (desordem no metabolismo energético da gordura) e o Deslocamento de Abomaso (desencadeado por fatores como: diminuição do consumo de matéria seca (CMS) causando menor motilidade e acúmulo de gás no abomaso, e deslocamento do rúmen após o parto (ORTOLANI, 2009).

Estratégias de manejo durante o período de transição

A forma como é conduzido o período de transição impacta diretamente na quantidade e na qualidade do leite produzido, e na reprodução da vaca. Desta forma, é importante que algumas estratégias de manejo sejam adotadas, dentre elas: fornecimento de dieta equilibrada, avaliação do escore de condição corporal (ECC), oferta de conforto e bem-estar animal. Com relação à dieta, ela deve ser ajustada proporcionando maior CMS para que o balanço energético negativo seja superado logo no começo da lactação e isso pode ser feito através da oferta de forragens de alta qualidade e melhor digestibilidade (PAIANO et al., 2020 apud PEREIRA et al., 2021).

Sobre o escore de condição corporal, é essencial que a vaca esteja bem nutrida e ao mesmo tempo com peso adequado. Seguindo uma escala de 1 a 5 pontos, o ideal é que essa vaca chegue no momento da parição com um escore corporal entre 3,5 e 3,75, visto que escores superiores a isso na parição favorecem o aparecimento de doenças metabólicas, sem contar que essas vacas têm o apetite comprometido (ALMEIDA, 2003). Por fim, outras medidas importantes, relacionadas ao conforto e ao bem-estar, são o monitoramento do consumo das vacas no pré-parto e a separação dos lotes para reduzir a disputa por alimento antes e depois do parto.

O melhor tratamento é a prevenção!

A nutrição e o manejo durante o período de transição devem ser planejados da melhor forma possível, a fim de minimizar o balanço energético negativo. Diante disso, a mineralização injetável é uma alternativa a ser utilizada para a suplementação e estímulo do metabolismo. Nesse contexto, a JA Saúde Animal conta com um amplo portfólio de medicamentos, dentre os quais é possível destacar três fortificantes: Turbo Cálcio, Catofós B12 e Glicoton.

Turbo Cálcio é um repositor injetável composto por Cálcio, Fósforo e Magnésio (minerais), Vitamina B1, Sorbitol (que atua como fonte de energia, restabelece o equilíbrio ácido-básico e contribui nas insuficiências hepáticas) e Metionina (hepatoprotetor). Para o controle das principais doenças decorrentes do período de transição recomenda-se a administração de 500 mL nas vacas por via intravenosa lenta. Turbo Cálcio é completo, uma vez que proporciona maior praticidade na aplicação e economia por não exigir mistura de vários medicamentos no momento de sua aplicação.

Catofós B12 é uma solução injetável à base de Butafosfan (Fósforo orgânico que acelera as reações metabólicas) e Vitamina B12 (que estimula o apetite e induz a produção de hemácias), sendo altamente eficaz na prevenção e no tratamento das doenças metabólicas e estados carenciais. O produto deve ser aplicado por via intramuscular, intravenosa ou subcutânea, variando as doses de acordo com as espécies. No caso dos bovinos adultos, indica-se de 20 a 25 mL, podendo ser indicado por até 7 dias consecutivos, conforme a prescrição do Médico Veterinário. Catofós B12 apresenta excelente custo-benefício quando comparado ao seu concorrente e dispõe de três apresentações (20 mL, 100 mL, 500 mL).

Glicoton B12 é a única associação de Glicose 50% (carboidrato essencial ao organismo) com vitamina B12 (importante na produção dos glóbulos vermelhos e no estímulo do apetite), recomendada especialmente para vacas acometidas com Cetose. O produto deve ser aplicado por via intravenosa, uma vez ao dia, por até quatro dias, a critério do Médico Veterinário, com doses variáveis de acordo com a espécie e a categoria animal (bovinos adultos: 500 a 1000 mL). A administração de Glicoton B12 em vacas com Cetose, fornece grande quantidade de glicose para interromper a queima de gordura, a fim de garantir os níveis adequados de energia e reverter o quadro. Ou seja, cessar a produção de corpos cetônicos, que provoca a toxemia e a inapetência acentuada do animal. Quer saber mais detalhes sobre esses e outros produtos da linha acesse nosso site!

Texto: Juliana Melo (Médica Veterinária / Jornalista)

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