A doença, que ocorre com mais frequência no verão, é responsável por provocar lesões cutâneas nas vacas, com destaque para a região do úbere, o que reflete na produção leiteira. Saiba mais detalhes lendo o texto a seguir!
Introdução
Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, totalizando 34 bilhões de litros por ano. Esses dados revelam que a cadeia produtiva do leite (e seus derivados) apresenta grande relevância econômica e social, considerando ainda a geração de empregos. No entanto, para garantir uma atividade leiteira eficiente e sustentável, é essencial que haja atenção quanto à saúde e o bem-estar das vacas. Dentre as principais doenças que acometem esses animais é importante citar a mastite, as doenças metabólicas, as doenças respiratórias e as parasitoses, com destaque para a Estefanofilariose.
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O que é a Estefanofilariose?
Também conhecida como úlcera de verão, úlcera da lactação ou úlcera do úbere, a Estefanofilariose consiste em uma parasitose cutânea causada por nematódeos do gênero Stephanofilaria sp. A doença apresenta distribuição mundial, podendo acometer diversas espécies, inclusive os humanos, sendo considerada uma zoonose. A transmissão ocorre através de moscas, como por exemplo a Hematobia irritans e a Musca conducens, que inicialmente se contaminam com animais infectados e em seguida depositam as larvas em outros hospedeiros, disseminando a doença entre outros animais da propriedade. Cabe ressaltar que a Estefanofilariose é mais comum no verão, justamente pela estação favorecer uma maior proliferação das moscas (MIYAKAWA, et al., 2009), porém como o Brasil é um país tropical, há regiões que apresentam o problema praticamente o ano todo. Nos bovinos as lesões decorrentes da doença podem ser encontradas em regiões como: cabeça, escápula, teto, jarrete, cauda, garupa, coxa, quartela e principalmente no úbere (MIYAKAWA, et al., 2010).
Sinais Clínicos
A Estefanofilariose provoca dermatite com erupções papulares que podem evoluir para nódulos, além de outros sinais como alopecia e úlceras crostosas. Como consequência disso, é comum que os animais acometidos apresentem coceira. Cabe ressaltar que as lesões provocadas pela doença podem atrair moscas, o que contribui para o surgimento de miíases e quando estão próximas do teto favorecem o desenvolvimento da mastite (MIYAKAWA, et al., 2009).
Diagnóstico, prevenção e tratamento
O diagnóstico da Estefanofilariose é obtido a partir da história clínica dos animais, do exame físico e da resposta ao tratamento. Para confirmar a presença do parasita pode ser realizado exame histopatológico de tecidos coletados através de biópsia feita na borda da lesão. Além disso, podem ser feitas impressões com lâminas nas feridas que contenham exsudato ou raspados de pele com esfregaços corados com os corantes Giemsa ou Vermelho Congo (que permitem a visualização das microfilárias) (MIYAKAWA, et al., 2010 apud ODUYE, 1971; NOVAES, 2005).
Doenças como o Eczema de Úbere, a Dermatofitose, a Dermatofilose e outras dermatites devem incluídas no diagnóstico diferencial (MIYAKAWA, et al., 2010 apud GRÜNDER, 2005; GEORGE et al., 2008; SCOTT, 1988; 2007). Quanto ao tratamento da Estefanofilariose, o uso de produtos tópicos até a completa cicatrização da lesão, deve ser associado ao uso sistêmico de anti-helmínticos específicos contra as estefanofilárias, como por exemplo a Ivermectina, sendo assim possível obter bons resultados (MIYAKAWA, et al., 2010 apud GRÜNDER, 2005).
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Texto: Juliana Melo (Médica Veterinária / Jornalista)
Referências
GEORGE, L. W.; DIVERS, T. J.; DUCHARM, N.; WELCOME, F. L. Diseases of the teats and udder. In: DIVERS, T. J.; PEEK, S. F. Diseases of dairy cattle. 2. ed. Missouri: Elsevier, 2008. p. 327-394.
GRÜNDER, H. D. Stefanofilariosis. In: DIRKSEN, G.; GRÜNDER, H. D.; STÖBER, M. Medicina interna y cirúrgia del bovino. 4. ed. Buenos Aires: Inter-Médica, 2005. p. 66-68. v. 1.
MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Mapa do leite: Políticas Públicas e Privadas para o leite. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/producao-animal/mapa-do-leite. Acesso em: 22 de maio de 2023.
MIYAKAWA, V. I., Reis, A. C. F. dos., & Lisbôa, J. A. N.. (2009). Aspectos epidemiológicos e clínicos da estefanofilariose em vacas leiteiras e comparação entre métodos de diagnóstico. Pesquisa Veterinária Brasileira, 29(11), 887-893. https://doi.org/10.1590/S0100-736X2009001100004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pvb/a/xfxFgxzcqG5tS7rbVz6sk8m/?lang=pt# . Acesso em: 19 mai. 2023.
MIYAKAWA, V. I., Reis, A. C. F. dos., & Lisbôa, J. A. N.. (2010). Estefanofilariose em bovinos. Semina: Ciências Agrárias, vol. 31, núm. 2, abril-junio, 2010, pp. 479-486 Universidade Estadual de Londrina Londrina, Brasil.
NOVAES, A. P. Estefanofilariose e dermatite nodular ulcerativa em cão: relato de caso. Revista de Educação Continuada do Conselho Regional de Medicina Veterinária, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 93-97, 2005.
ODUYE, O. O. Stephanofilarial dermatitis of cattle in Nigeria. Journal of Comparative Pathology, Amsterdam, v. 81, n. 6, p. 581-583, 1971.
RAI, R. B.; AHLAWAT, S. P. S.; SINGH, S.; NAGARAJAN, V. Levamisole hydrochloride: an effective treatment for stephanofilarial dermatitis (Humpsore) in cattle. Tropical Animal Health and Production, Berlin, v. 26, n. 3, p.175-176, 1994.
SCOTT, D.W. Large animal dermatology. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1988.