O rebanho equino brasileiro consegue movimentar bilhões ao ano. Segundo a FAO e o IBGE, de um rebanho mundial composto de, aproximadamente, 59.043.839 cabeças o Brasil possui 5,5 milhões. Muitos desses animais são utilizados como tração, na lida diária no campo, esporte, lazer e equoterapia. Devido a importância dos equinos, atenção especial deve ser dispensada a saúde dessa espécie animal, pois podem ser acometidos por ecto e endoparasitoses, especialmente as verminoses. Os principais endoparasitos são os Strongylus vulgaris, S. equinus e S. edentatus, Cyathostomum spp., Parascaris equorum, Strongyloides westeri, Trichostrongylus axei, Oxyuris equi, Habronema spp. e Anaplocefala sp. (BARBOSA et al., 2001). As verminoses geralmente apresentam morbidade alta, mas a letalidade é baixa (SERQUEIRA, 2001).
Os principais prejuízos econômicos atribuídos ao problema estão relacionados ao menor desempenho dos animais. Os manejados a pasto são mais susceptíveis à verminose, especialmente os mais jovens. Mas, o diagnóstico visual da enfermidade é difícil, pois a afecção se apresenta mais sobre a forma subclínica. Geralmente, em casos mais graves e quando não se faz um controle efetivo da afecção, os animais apresentam emagrecimento, pelos secos e arrepiados, anemia, fraqueza e perda de apetite. Nessas circunstâncias podem adquirir outras enfermidades, tornarem-se mais debilitados e morrerem, desencadeando prejuízos expressivos ao criatório. A comprovação da verminose é realizada por meio de exames laboratoriais, que devem ser realizados sempre que se suspeitar do problema (BLOOD; HENDERSON, 1978; SERQUEIRA, 2001; BOWMAN, 2006).
Após a infestação, o cavalo passa a ser um importante disseminador do agente, principalmente quando a parasitemia é assintomática (FOZ FILHO, 1999). Os helmintos causam desde leve desconforto abdominal até episódios de cólica, especialmente devido lesões nos vasos mesentéricos, e morte. Fatores como deficiências nutricionais, manejo incorreto da pastagem, clima e animais imunodeprimidos predispõe a ocorrência de verminoses nos equinos e potencializam os sintomas da doença (BLOOD; HENDERSON, 1978; FERRARO et al, 2008). Outro fator de risco é o peri-parto, pois nesse período as éguas encontram-se mais susceptíveis aos nematoides gastrointestinais podendo transmiti-los aos potros por via trans-placentária ou pelo colostro. A sintomatologia está associada à redução no desempenho dos cavalos, predispondo os animais a outras doenças, já que os vermes competem por alimento e causam hemorragias internas (BOWMAN et al. 2006).

O controle integrado entre manejo sanitário e de pastagens acrescido de vermifugações estratégicas, ao final da seca e início das chuvas, mostra resultados favoráveis, além de minimizar a resistência aos anti-helmínticos (SERQUEIRA, 2001; MOTA et al, 2003). A J.A Saúde Animal recomenda o Equijet®, vermífugo de alta eficácia a base de Ivermectina e Pamoato de Pirantel, indicado para todas as categorias de equinos, inclusive éguas prenhes e potros.