Conheça detalhes sobre essa fase considerada como crítica e decisiva para o desempenho das vacas leiteiras. Leia o artigo a seguir!
O que é período de transição?
O chamado “Período de Transição” consiste no intervalo entre as três semanas antes do parto e as três semanas após o parto, sendo caracterizado pelo fim da gestação e pelo início da lactação. Nessa fase ocorrem muitas mudanças relacionadas ao metabolismo, à fisiologia e à anatomia das vacas, já que há uma diminuição considerável na ingestão de matéria seca, acompanhada de um balanço energético negativo (BEN). Diante de todos esses fatores a vaca fica mais susceptível a desenvolver doenças metabólicas e ter uma redução na produção de leite (DANN et al., 1999).
Dentre as principais doenças que podem ocorrer nessa fase podemos citar a Hipocalcemia, uma queda abrupta na quantidade de íons cálcio no sangue; a Cetose, caracterizada pelo aumento de corpos cetônicos no sangue ou no leite por causa de uma sobrecarga dos processos metabólicos hepáticos; e a Toxemia que normalmente é consequência da retenção de placenta (uma falha na expulsão das membranas fetais), que por sua vez, provoca a metrite (inflamação da parede uterina).
Principais cuidados com as vacas em Período de Transição
A nutrição é um dos principais pontos de atenção em relação às vacas no Período de Transição. É preciso proporcionar um maior consumo de matéria seca (CMS) para que o balanço energético negativo seja superado logo no começo da lactação, isso pode ser feito através da oferta de forragens de alta qualidade e melhor digestibilidade. Outras medidas importantes são a separação dos lotes para reduzir a disputa por alimento antes e depois do parto e o monitoramento (no pré-parto) do consumo das vacas.
Por fim, é necessário ter atenção quanto ao escore de condição corporal dos animais, afinal é essencial que a vaca esteja bem nutrida, mas com peso adequado. Em uma escala de 1 a 5 pontos, o ideal é que as vacas cheguem ao momento da parição com um escore de condição corporal de 3,50 a 3,75. Vacas que parem com escore superior a 3,75 apresentam maior chance de desenvolverem doenças metabólicas e apresentarem menor apetite (ALMEIDA, 2003).
Mineralização injetável em vacas em Período de Transição
Quanto às doenças metabólicas, o melhor tratamento é a prevenção, entretanto em muitos casos, se faz necessário um tratamento de suporte, com o intuito de preservar o animal das doenças características desse período. Nesse sentido, há diversos estudos científicos que relatam os benefícios da utilização de complexos minerais e vitamínicos injetáveis em vacas no período de transição. Inclusive com redução real dos índices de retenção de placenta, endometrite, cetose e até fortalecimento do sistema imune (MACHADO et al., 2013; ESPOSITO et al., 2014; GANDA et al., 2016).
Dentre as opções de fortificantes da JA Saúde Animal, destacamos o Turbo Cálcio, um repositor mineral, vitamínico, energético e protetor hepático que controla a hipocalcemia, a cetose e estimula a contração uterina (comuns nesse período). O medicamento é composto por minerais (cálcio, fósforo e magnésio), vitamina B1, sorbitol (que atua como fonte de energia, restabelece o equilíbrio ácido-básico e contribui nas insuficiências hepáticas) e a metionina (um excelente hepatoprotetor). Para o controle das principais doenças desse período, recomenda-se a administração de 500 mL nas vacas por via intravenosa lenta. Turbo Cálcio tem como vantagem ser um produto completo que proporciona maior praticidade na aplicação e economia, por não haver a necessidade de misturar vários medicamentos no momento da aplicação.
Outra solução JA Saúde Animal que pode ser associada é o Catofós B12, um catalisador de reações orgânicas (injetável) à base de Butafosfan (fósforo orgânico que acelera as reações metabólicas) e vitamina B12 (que estimula o apetite e induz a produção de hemácias) oferecendo alta eficácia na prevenção e no tratamento das doenças metabólicas e estados carenciais dos animais domésticos. Dentre suas vantagens, o medicamento apresenta excelente custo-benefício quando comparado ao seu concorrente e dispõe de três apresentações (20 mL, 100 mL, 50 mL).
Nos casos de animais acometidos pela Cetose recomenda-se o Glicoton, a única associação de glicose 50% (um carboidrato essencial ao organismo) com vitamina B12 (importante na produção dos glóbulos vermelhos e no estímulo do apetite). O objetivo de administrar o medicamento é fornecer alta quantidade de glicose para interromper a queima de gordura, a fim de garantir os níveis adequados de energia e reverter a cetose, isto é, interromper a produção de cetona e álcool, que provoca a toxemia e a inapetência acentuada do animal. Para mais detalhes sobre esses e outros fortificantes da linha de produtos JA Saúde Animal, acesse o nosso site!
Texto:
Juliana Ferreira Melo
Médica Veterinária / Jornalista
Referências
ALMEIDA, R. Alimentação e manejo de vacas leiteiras no período de transição. MilkPoint, 01 ago. 2003. Disponível em:. Acesso em: 30 jan. 2023.
DANN, H.M.; VARGA, G.A.; PUTMAN, D.E. Improving energy supply to late gestation and early postpartum dairy cows. J. Dairy Sci. v.82, p.1765-1778, 1999.
ESPOSITO, G et al. Interactions between negative energy balance, metabolic diseases, uterine health and immune response in transition dairy cows. Animal Reproduction Science, v. 144. n. 3-4. p. 60-71. 2014.
GANDA, E. K et al. Effects of injectable trace mineral supplementation in lactating dairy cows with elevated somatic cell counts. Journal of Dairy Science, v. 99, n. 9. p. 7319-7329. 2016.
MACHADO, V. S et al. Effect of an injectable trace mineral supplement containing selenium, copper, zinc, and manganese on the health and production of lactating Holstein cows. The Veterinary Journal. v. 197, n. 2, p. 451-456. 2013.
