Protocolo para entrada de bovinos em confinamentos

O manejo sanitário dos animais dias antes da entrada e durante o confinamento é extremamente importante para prevenir uma série de problemas e garantir maior desempenho produtivo. Confira detalhes no texto a seguir!

Introdução

Os confinamentos são sistemas de criação de bovinos, onde os animais permanecem em piquetes ou currais com área restrita e há oferta de água e alimentos em cochos. Esse sistema é muito utilizado para a terminação dos animais, período que antecede o abate e compreende o acabamento da carcaça. Normalmente, o confinamento é utilizado durante a época seca do ano, por se tratar de um período de escassez de forragem para pastejo.

Principais doenças do confinamento

O agrupamento de muitos animais em um determinado ambiente restrito, torna-se propício para o aparecimento de doenças. Alguns problemas surgem com maior frequência em confinamentos de bovinos, sendo eles: pneumonia, ceratoconjuntivite, diarreia, problemas relacionados ao casco, timpanismo, acidose, intoxicação por ureia, doenças infecciosas e metabólicas, papilomatose, enterotoxemia, parasitoses,  entre outros (NEUMANN; LUSLY, 1986; PEIXOTO, 1996; SMITH, 1998). Desta forma, é importante montar um protocolo sanitário para entrada dos animais nesse sistema de acordo com cada propriedade, a fim de reduzir a perda de animais e melhorar a produtividade.

Protocolo de entrada em confinamentos

O manejo sanitário dos animais deve iniciar 30 dias antes da entrada do confinamento. Nesse período, os bovinos devem receber a primeira vacinação contra as principais doenças respiratórias, clostridioses e raiva. Além disso, é importante a administração de anti-helmíntico à base de Albendazol, eficaz no combate e no controle das principais verminoses gastrointestinais e pulmonares, agindo nas três fases do ciclo de vida dos parasitos (ovos, larvas e adultos).

A JA Saúde Animal disponibiliza em seu portfólio Albendathor Injetável (à base de Sulfóxido de Albendazol 10%) que deve ser administrado por via subcutânea (1 mL/40kg), além disso há a opção de uso do Albendathor 10 que deve ser administrado por via oral (2 mL/20 kg). Destaca-se a aplicação injetável por atuar também no combate da Cisticercose.

No momento da entrada dos animais no confinamento é interessante que seja feita suplementação injetável com complexos minerais e vitamínicos para combater o estresse oxidativo ocasionado pela mudança ambiental e nutricional ao ingressar no confinamento. A JA possui o Catofós B12, uma solução injetável à base de Butafosfan (fósforo orgânico) e Vitamina B12 que deve ser aplicada por via intramuscular ou subcutânea (20 mL). Além disso, o Ative ADE, um complexo vitamínico altamente concentrado à base de vitaminas A, D e E, que favorece uma maior conversão alimentar, fertilidade, aumento da imunidade, produtividade e diminuição do estresse do rebanho. Ainda na entrada do confinamento recomenda-se a administração de um endectocida (combate tanto verminoses, quanto parasitas externos) eficaz e com baixo período de carência para o abate, sendo assim a JA indica o Frigoboi Facilite (1mL/10kg) por via pour on de aplicação.

É interessante a administração de um antimicrobiano de extralonga ação, medicamento metafilático que tem como característica ser um antimicrobiano injetável de longa ação, que atua de forma a prevenir doenças infecciosas nesses animais, com maior risco de infecção devido ao estresse, além de tratar aqueles que porventura irão se infectar nas primeiras semanas por contato. Nesse contexto, a JA recomenda o uso do Benzafort, uma suspensão concentrada pronta para uso a base de 100% de Penicilina G Benzatina, usada para o tratamento e profilaxia de doenças como: pododermatite e pneumonia, comuns em confinamento. Sua administração deve ser intramuscular (1mL/10kg). No dia da entrada no confinamento, os animais precisam receber a segunda dose da vacinação contra as principais doenças respiratórias e clostridioses.

Por fim, 30 dias após a entrada no confinamento pode-se utilizar mais uma administração dos complexos vitamínicos e do anti-helmíntico. Desta forma, sugere-se o Catofós B12 (20 mL intramuscular ou subcutânea), o Ative ADE (5 mL intramuscular) e o Albendathor 10 (2mL/20kg, via oral). Vale destacar que é muito importante que sejam feitas rondas sanitárias que consistem em vistorias e avaliações dos lotes dos animais, buscando detectar os principais problemas sanitários nos estágios iniciais. A frequência das rondas deve ser maior nos primeiros 20 dias de confinamento. 

 

Confira o protocolo sugestivo JA Saúde Animal:

Texto:

Juliana Ferreira Melo

Médica Veterinária / Jornalista

Referências

 

NEUMANN, A.L.; LUSBY, K.S. Beef cattle. 8 edition, Canada, Jhon Wiley e Sons, 1986, 326p.

 

PEIXOTO, M.A.; HADDAD, C.M.; BOIN, C.; BOSE, M.L.V. O confinamento de bois. 4ª edição, São Paulo, ed. Globo, 1996.

 

SMITH R. A. Impact of disease on feedlot performance: a review. J Anim Sci., v.76, p.272-274, 1998.

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