Qual a influência da terapia de secagem na próxima lactação?

O período seco é um importante momento para a vaca leiteira, quando ocorre a involução da glândula mamária e a sua renovação do tecido mamário. (Tomazi; Santos, 2017). A duração ideal desse período tem sido alvo de discussão, sendo o tempo comumente utilizado de 51 a 60 dias, variando de acordo com o tempo de gestação e produção leiteira da vaca (Pinedo et al., 2011).

Embora a secagem seja essencial para a saúde da glândula mamária, esse é o momento de maior surgimento de novas infecções, influenciando negativamente na lactação seguinte (Eberhart, 1982). Segundo estudos, entre 40 e 50% de tetos provenientes de vacas infectadas permaneceram contaminados na nova lactação, aumentando os índices de mastite no rebanho, além de aumento de células somáticas e piora na qualidade do leite (Neave et al. 1950; Dodd et al. 1969; Naatzke et al. 1975).

Com o intuito de eliminar microrganismos presentes no aparelho mamário no momento da interrupção da ordenha, prevenir novas infecções durante o período de secagem e diminuir a prevalência de infecções na próxima lactação, é altamente recomendado a terapia de secagem, terapia no qual se utiliza formulações antimicrobianas de amplo espectro e longa ação (Eberhart, 1986; Berry & Hillerton, 2002; Hassan et al., 2009; Watanabe, 1999).

A sugestão de Terapia de Secagem da J.A Saúde animal é o uso do Intrasec VS, antimicrobiano à base de Cloxacilina Benzatina, apresentando alta eficácia antimicrobiana aliada a um veículo oleoso de liberação lenta. Para um melhor resultado na secagem, recomendamos também o uso do SelaTeto, selante intramamário que atua formando um tampão no esfíncter do teto do animal, impedindo a entrada de microrganismos.

 

Autor: Eduardo Henrique de Castro Rezende – Médico Veterinário – J.A Saúde Animal

 

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Referências:

 

BERRY, E. A.; HILLERTON, J. E. The effect of selective dry cow treatment – on new intramammary infections. Journal of Dairy Science, v. 85, n. 1, p. 112-121, 2002.

DOOD, F. H.; WESTGARTH, D. R.; NEAVE, F. K.; KINGWILL, R. G. Mastitis – The strategy of control. Journal of Dairy Science, v. 52, n. 5, p. 689-695, 1969.

EBERHART, R. J. Management of dry cows to reduce mastitis. Journal of Dairy Science, v. 69, n. 6, p. 1721–1732, 1986.

EBERHART, R. J. New infections in the dry period. In: ANNUAL MEETING OF NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 21., 1982, Louisville, Proceedings… Kentucky: N.M.C, 1982. p. 101-111.

HASSAN, Z.; DANIEL, R. C. W.; O’BOYLE, D. O.; FROST, A. J. Effects of dry cow intramammary therapy on quarter infections in the dry period. Veterinary Records, v. 145, p. 634-639. 1999.

NATZKE, R. P.; EVERETT, R. W.; BRAY, D. R. Effect of drying off practices on mastitis infection. Journal of Dairy Science, v. 58, n. 12, p. 1828-1835, 1975.

NEAVE, F. K.; DODD, F. H.; HENRIQUES, E. Udder infections in the dry period I. Journal of Dairy Research, v. 17, n. 1, p.37-49, 1950.

TOMAZI, Tiago; SANTOS, Marcos Veiga dos. Qual é o melhor método para secagem de vacas leiteiras? 2017. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/colunas/marco-veiga-dos-santos/qual-e-o-melhor-metodo-para-secagem-de-vacas-leiteiras-206179n.aspx>. Acesso em: 15 jan. 2019.

WATANABE, E. T. Avaliação do uso de antibióticos por via intramamária e sistêmica no tratamento de mastite clínica em vacas em lactação e subclínica na interrupção da lactação. 1999. 121 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biomédicas) – Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

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