Acropostite – fimose em touros

A Acropostite-fimose em touros, também conhecida como Acrobustite, pode provocar a perda precoce de animais de alto valor zootécnico. Leia o texto e confira mais detalhes!

Introdução

Determinadas enfermidades atingem a genitália externa de touros e causam impacto negativo na eficiência reprodutiva desses animais, o que inclui a acropostite-fimose, parafimose, abcessos, hematomas, lacerações prepuciais, frênulo persistente e fibropapilomas de glande. Dentre todas essas doenças, destaca-se a acropostite-fimose, também chamada de acrobustite ou umbigueira, que consiste na inflamação da extremidade do prepúcio. Vale destacar que o termo “fimose” é atribuído pelo fato de touros acometidos apresentarem fibrose e estreitamento do óstio prepucial, impedindo a exposição peniana e causando impotência (RABELO; SILVA, 2011).

Vários fatores predisponentes podem ter associação com essa doença, o que inclui touros com prepúcio penduloso, com músculos prepuciais ausentes, debilitados ou que apresentem orifício prepucial largo. Além disso, outras questões podem contribuir para o desenvolvimento da acropostite-fimose, bem como: manejo inadequado, infestações por ectoparasitas (pois eles são responsáveis por provocar lesões no tecido), presença de plantas espinhosas nos pastos e bicadas de aves de rapina nos bovinos (que também vão contribuir para o surgimento por conta das lesões causadas) (FERNANDES et al., 2015).

Sinais clínicos e diagnóstico

Entre os sinais clínicos é possível citar dificuldade ou incapacidade de realizar a cópula, presença de edema, necrose do folheto prepucial interno prolapsado, hemorragia, fibrose, hipertermia local, ocorrência de miíases, abscesso e disúria (desconforto ao urinar) (RABELO et al., 2015). O diagnóstico da enfermidade é baseado no histórico do paciente, na avaliação dos sinais clínicos e no exame clínico específico, sendo a ultrassonografia percutânea um método recomendado tanto no pré quanto no pós-operatório (NORONHA FILHO et al., 2015).

Tratamento

O tratamento da acropostite-fimose em touros muitas vezes não é viável financeiramente, entretanto sua escolha está ligada ao nível de comprometimento da mucosa prepucial, sendo recomendado tratamento clínico com anti-inflamatórios, antibióticos e curativos locais (desde que iniciado precocemente) para pequenas lesões. Em contrapartida, para casos mais complexos (contendo lesões crônicas com presença de fibrose, estenose do óstio prepucial e necrose) a combinação entre tratamento clínico e cirúrgico é indicada (ANDERSON, 2008). Vale ressaltar que na maioria dos casos de acropostite-fimose é recomendada intervenção cirúrgica por conta da gravidade, rápida evolução e considerando a preservação do reprodutor (HENDRICKSON, 2010).  

Durante o pós-operatório é fundamental a administração de antibióticos e anti-inflamatórios não esteroidais, além disso é importante a realização de duchas diárias sobre o local da ferida, visando amenizar o edema e curativos tópicos com a aplicação de pomadas cicatrizantes diariamente. Por conta do risco de reincidência da lesão, depois da cirurgia pode ser utilizado um avental de algodão que protege o prepúcio, que deve ser trocado uma vez ao dia (SILVA et al., 1998).

Nesse contexto, a JA Saúde Animal disponibiliza uma das mais completas linhas de antimicrobianos e anti-inflamatórios do mercado, oferecendo diversas soluções para o pós-cirúrgico. Um destaque é o Diclopen 10 Milhões, um medicamento à base de Penicilinas de rápida ação associada a Estreptomicina e ao Diclofenaco de Sódio, indicado para o tratamento de várias infecções. Dentre suas vantagens, a associação entre as Penicilinas G Potássica (cristalina) e G Procaína, confere ação rápida e duradoura que proporciona intervalos de aplicação de até 24h, facilitando o manejo da fazenda. É o único do mercado a fornecer 10 milhões de unidades de penicilina por dose de bula (para um animal de 500 kg) promovendo mais eficácia no tratamento.

Outra vantagem é o Diclofenaco presente (único do mercado a possuí-lo) sendo um potente anti-inflamatório que promove a diminuição da inflamação, do edema, melhora a perfusão tecidual, causa alívio da dor e eliminação da febre, aumentando o apetite e proporcionando recuperação mais rápida do animal. Além disso, a presença do Diclofenaco de Sódio confere menor mão de obra e estresse ao animal já que em uma única aplicação reúne-se um antimicrobiano e um anti-inflamatório.

Outra excelente opção é o Diclotril, um potente antimicrobiano de amplo espectro à base de Enrofloxacina associado ao Diclofenaco de Sódio, que assim como o Diclopen, alia eficácia na prevenção e combate de agentes infecciosos no pós-operatório, com ação anti-inflamatória, que permite maior conforto. Consulte sempre o profissional Médico Veterinário. Para mais informações sobre os medicamentos JA, acesse nosso site.

 

Texto:

Juliana Ferreira Melo

Médica Veterinária / Jornalista

 

Referências

ANDERSON, D.E. Surgery of the prepuce and penis. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, v.24, n.2, p.245-251, 2008.

FERNANDES, J.P.B.et al. Epidemiologia de enfermidades acometendo a genitália externa de touros no estado de Goiás. Biológico, v.77, Supl.2, p.123, 2015.

HENDRICKSON, D.A. Técnicas Cirúrgicas em Grandes Animais. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 332p.

LAZZERI, L. Da acrobustite no zebu: nova técnica cirúrgica de seu tratamento, 1969. 69p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

MARQUES, J.A.et al. A acrobustite-fimose em touros – Uma técnica cirúrgica de tratamento. Ciência Veterinária, v.2, n.1, p.2-3, 1988.

NORONHA FILHO, A.D.F.et al. Ultrassonografia do prepúcio de touros com acropostite e fimose – Resultados parciais. Biológico, v.77, Supl.2, p.9, 2015.

RABELO, R.E.et al. Novas perspectivas no diagnóstico e tratamento da acropostite-fimose em touros. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.69, n.4, p.851-859, 2017.

RABELO, R.E.; SILVA, O.C. Aspectos morfofuncionais, clínicos e cirúrgicos do pênis, prepúcio e testículos de touros. Goiânia: Kelps, 2011. 212p

RABELO, R.E.; VULCANI, V.A.S.; ASSIS, M.B. et al. Necrose da extremidade livre do pênis como complicação de acropostite-fimose em touro. Encicl. Bios, v.11, p.2296-2303, 2015

SILVA, L.A.Fet al. Tratamento cirúrgico da estenose e/ou fibrose prepucial em touros. ARS Veterinária, v.14, n.2, p.235-244, 1998.

WILWERTH, L.M. Da acrobustite (umbigueira) nos reprodutores zebús e seu tratamento cirúrgico. Rio de Janeiro, 1944. 73p.

 

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