Dermatofilose em Bovinos

Também chamada de Estreptotricose, a Dermatofilose é responsável por grandes prejuízos na pecuária por conta das lesões que provoca na pele dos animais acometidos. Confira!

Introdução

Uma enfermidade infecciosa que comumente acomete os bovinos, a Dermatofilose tem como agente etiológico a bactéria gram-positiva Dermatophylus congolensis. Vários fatores estão associados à ocorrência da doença, com destaque para o trauma e a umidade. Além disso, é possível mencionar o estresse, imunossupressão, má nutrição e presença de endo e ectoparasitos como pontos agravantes ou que colaboram com a predisposição (SANTOS; ALESSI, 2017).

A Dermatofilose pode evoluir de forma aguda ou crônica, manifestando-se através de uma dermatite hiperplásica ou exsudativa, sendo caracterizada por erupções cutâneas crostosas e escamosas. Com relação a ocorrência, a afecção tem distribuição mundial e está presente em todos os países onde há criações de bovinos. Contudo, é mais comumente observada em regiões tropicais e subtropicais, especialmente após períodos intensos de chuva. A infecção apresenta baixa mortalidade e morbidade que varia entre 5% e 25% (RIET-CORREA et al., 2007).

Sinais Clínicos

Os sinais clínicos da Dermatofilose são muito variados, desta forma é interessante considerar a doença como diagnóstico diferencial de qualquer dermatose alopécica e/ou crostosa nos bovinos (SANTOS; ALESSI, 2017). Dentre os sinais mais comuns é possível destacar a aglutinação dos pelos, alopecia e aparecimento de erupções cutâneas crostosas e escamosas de aparência circunscrita e bem delimitada. Nos bovinos, as lesões geralmente surgem no dorso dos animais e vão da cernelha até a região posterior, sendo possível observar a presença de pelos eretos, formando tufos com exsudato gorduroso, que evoluem para crostas amarelas duras e quebradiças que podem ser removidas facilmente com os dedos. Nos casos mais graves ocorre a generalização das lesões e espessamento da pele, que passa a apresentar coloração alterada (amarelada ou acinzentada) (RIET-CORREA et al., 2007).

Diagnóstico

O diagnóstico presuntivo da Dermatofilose é realizado pela epidemiologia, sinais clínicos e visualização da bactéria através de esfregaços feitos com coloração de Gram ou Giemsa. Ao passo que, o diagnóstico definitivo pode ser obtido pelo isolamento, caracterização da bactéria e cultivo de crostas ou biópsia da região. Cabe ressaltar que para a realização do exame direto é necessário enviar ao laboratório crostas frescas (refrigeradas ou não, a depender do tempo entre a coleta e o processamento) acondicionadas em recipiente estéril e seco. Em contrapartida, para a realização de exame histopatológico a conservação do material deve ser feita em formol (RIET-CORREA et al., 2007).

Controle e Profilaxia

Para o controle da Dermatofilose medidas como o isolamento dos animais doentes e a desinfecção de materiais e instalações são importantes, além disso o controle de carrapatos também é recomendável. Outro ponto é que em banheiros de imersão os animais saudáveis devem passar pelo banho antes dos animais acometidos para que seja evitada uma transmissão pela água. Como forma de tratamento recomenda-se a aplicação parenteral de tetraciclina que deve ser repetida semanalmente ou deve ser feita em dose única (tetraciclina de longa ação) (RIET-CORREA et al., 2007).

Nesse sentido a JA Saúde Animal conta com uma ampla linha de antimicrobianos, com destaque para a Tetra-micina, um produto à base Oxitetraciclina, princípio pertencente à classe das Tetraciclinas que apresenta amplo espectro de ação, atuando contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. Essa ação prolongada do medicamento aumenta a proteção e o intervalo entre aplicações, o que favorece maior facilidade de manejo, economia de mão de obra e melhor produtividade do rebanho. Tetra-micina deve ser administrada por via intramuscular na dose de 1mL/10kg de peso vivo, em dose única, conforme a indicação do Médico Veterinário.

Com relação ao controle de carrapatos, medida anteriormente mencionada e que contribui para o controle da Dermatofilose, a JA Saúde Animal também dispõe de uma variada linha de antiparasitários, com destaque para o Duplatak, ectoparasiticida pour on à base de Fipronil e Fluazuron, indicado para o combate de carrapatos, moscas e bernes. O produto apresenta rápida ação após aplicação, efeito duradouro (age por mais de 50 dias) e menor risco de resistência. Essa aplicação deve ser feita com dosador próprio no dorso do animal, percorrendo-se desde a região cervical até a inserção da cauda, na dose de 10 mL para cada 100 kg de peso corpóreo, de acordo com as orientações do Médico Veterinário. Para mais detalhes sobre esses e outros produtos, acesse o site da JA Saúde Animal!

Texto:

Juliana Ferreira Melo (Médica Veterinária / Jornalista)

Referências Bibliográficas

RIET-CORREA et al. Doenças de ruminantes e eqüinos. 3ªed. São Paulo: Editora Varela. 2007. 532p.

SANTOS, Renato de Lima; ALESSI, Antonio Carlos. Patologia Veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2017. 856 p.

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