Febre do leite é o nome popular para hipocalcemia, enfermidade caracterizada pela dificuldade das vacas leiteiras em manter quantidades adequadas de Cálcio no sangue e ocorre geralmente nas primeiras 48 horas após o parto, alguns casos podendo manifestar-se até 72 horas depois. A hipocalcemia é uma enfermidade metabólica que ocorre em decorrência a alta demanda de Cálcio no pós-parto, contrastando a baixa necessidade desse mineral durante a prenhez (Ortolani, 1995b; FLOSS, et al. 2017).
A febre do leite pode ser dividida em clínica e subclínica. A forma clínica é caracterizada por manifestar sinais visíveis a olho nu, podendo ainda ser dividida em 3 fases. Na primeira fase, o animal permanece em pé, apresentando excitação, tremores musculares, ataxia, mugidos constantes e dificuldade respiratória. Na segunda fase, além dos sinais citados anteriormente, o animal fica em decúbito dorsal, sendo este o sinal mais característico da doença. E, por fim, na última fase o animal se apresenta prostrado, em decúbito lateral e com a cabeça voltada para o flanco (Ortolani, 1995b, SMITH, 2006).
Embora, na maioria das vezes, a forma clínica seja a que mais preocupa o produtor, a doença subclínica é a que causa maiores prejuízos. Considerando os prejuízos da forma clínica e subclínica, podemos citar a redução da produção leiteria em até 80 litros e predisposição dos animais a várias doenças, como cetose, mastite, metrite, retenção de placenta, menor eficiência reprodutiva, deslocamento do abomaso a esquerda e em alguns casos até a morte (BERCHIELLI; PIRES; OLIVEIRA, 2011; Corassin, 2004; Herdt, 2013).
Independentemente da fase da Hipocalcemia, assim que for identificada deve-se tratar o animal através da administração de Gluconato de Cálcio, por via intravenosa, na dose de pelo menos um grama para cada 45 kg. Devido ao caráter cardiotóxico do produto, a administração desse mineral na veia deve ser feita de forma lenta por pelo menos de 10 a 20 minutos. Se, após 24 a 48 horas, o animal voltar demonstrar sintomas da doença, deve-se repetir a aplicação de Cálcio (RIET – CORREA et al., 2001).
A sugestão da J.A Saúde Animal para essa enfermidade é o uso do TurboCálcio, produto especialmente desenvolvido para prevenir e tratar as doenças do pós-parto, principalmente a Hipocalcemia. Além de ter concentração de Gluconato de Cálcio compatível ao indicado pela literatura, TurboCálcio possui ainda outros minerais como Fósforo e Magnésio, fonte de energia (Sorbitol) e protetor hepático (Metionina e Acetil Metionina).
Referencias:
BERCHIELLI, T. T.; PIRES, A. V.; OLIVEIRA, S. G. Nutrição de Ruminantes. 2. ed. Jaboticabal: Funep, 2011. 616 p.
CORASSIN, C.H. Determinação e avaliação de fatores que afetam a produtividade de vacas leiteiras: Aspectos sanitários e reprodutivos. 113p. Tese (Doutorado), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.
HERDT, T.H. Metabolic diseases of dairy cows. Veterinary Clinics North America. – Food Animal Practice, v. 29, p.267-468, 2013.
ORTOLANI, E.L. Aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos da hipocalcemia de vacas leiteiras. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.47, p. 799-808, 1995a.
ORTOLANI, E.L. Hipocalcemia da vaca parturiente. Cadernos Técnicos Escola Veterinária UFMG, v.14: p. 59-71, 1995b.
RADOSTITS, O.M.; GAY, C.C.; HINCHCLIFF, K.W.; CONSTABLE, P.J. Veterinary Medicine: A textbook of the diseases of cattle, horses, sheep, pigs and goats. 10 ed. Philadelphia, Saunders Elsevier, 2007, p. 2156.
RIET-CORREA, F. et al. Doenças de Ruminantes e Equinos. 2. ed. São Paulo: Livraria Varela, 2001. 426 p.
SMITH, B. P. Tratado de Medicina Veterinária Interna de Grandes Animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2006. 1784 p.