Parasitismo por Oxyuris equi em equinos

As verminoses são responsáveis por provocar inúmeros prejuízos à saúde dos equinos e consequentemente ao desempenho desses animais, o que reflete em impactos econômicos para o criador. Dentre várias espécies existentes encontra-se o Oxyuris equi, confira os detalhes!

Introdução

Os equinos ocupam papel muito importante na cadeia produtiva do agronegócio brasileiro movimentando anualmente R$ 16,15 bilhões e gerando mais de 3 milhões de postos de trabalho, diretos ou indiretos. O rebanho equino supera os 5 milhões, sendo dividido em categorias como: animais de lida, de lazer ou de competição, por exemplo. Diante disso, é fundamental a atenção quanto à saúde desses animais e nesse contexto um dos problemas mais comuns é a parasitose (LIMA, 2016).

Dentre vários parasitas que podem acometer os equinos destaca-se o Oxyuris equi, espécie da classe Nematoda, ordem Ascaridida e família Oxyuridae, que apresenta distribuição cosmopolita, ou seja, pode ser encontrado por todas as regiões do Brasil (INÁCIO, 2017). O Oxyuris equi afeta o intestino grosso dos equinos, provocando inflamações. Além disso, embora parasitos adultos não sejam considerados patogênicos, ao chegarem no lúmen intestinal, as fêmeas têm a capacidade de depositarem ovos na região perianal dos equinos, causando prurido anal intenso, o que compromete o bem-estar e a o desempenho desses animais (TRANGAY, 2008).

Ciclo de Vida do Parasita

A infecção por Oxyuris equi inicia-se a partir da ingestão de ovos presentes no ambiente ou nos utensílios utilizados pelos equinos. Após essa ingestão dos ovos, larvas chegam até o intestino e se desenvolvem em até 10 dias em L4, passando a se alimentarem do conteúdo intestinal. Os vermes adultos encontram-se na luz do cólon e após haver a fertilização, a fêmea grávida migra para o ânus onde coloca ovos em grumos, formando estrias gelatinosas branco-amareladas, que após 4 a 5 dias originam as larvas infectantes. Então, o equino afetado passa a apresentar forte coceira na região anal e em busca de alívio, começa a atritar essa região nas instalações e nos objetos, o que contribui para a disseminação do parasita no ambiente. Desta forma, o ciclo inicia-se novamente (URQUHART, 1998).

Cabe ressaltar que o diagnóstico da parasitose por Oxyuris equi é baseado na observação do prurido anal intenso, da presença de massas de ovos amarelo-acinzentados na pele perineal, além disso, em certos casos é possível observar a presença de fêmeas de cauda alongada nas fezes dos animais. Ovos de Oxyuris equi dificilmente são encontrados através de exames nas amostras de fezes colhidas do reto, porém são mais facilmente detectados em materiais fecais colhidos do solo (URQUHART, 1998).

Prevenção e Tratamento

As verminoses, de forma geral, impactam negativamente no bem-estar e no desempenho dos animais, sendo necessárias medidas de prevenção e tratamento. Existem resultados favoráveis através da realização do manejo sanitário (SEQUEIRA, 2001; MOTA et al., 2003). Entre as possibilidades de princípios ativos a serem utilizados na vermifugação de amplo espectro está o Pamoato de Pirantel, podendo ser oferecido com segurança em animais jovens ou durante a gestação (MARTIN, 1997; BOWMAN et al., 2006). Outra opção é a administração das Ivermectinas, que agem nos estágios adultos e imaturos dos parasitos, inibindo nematódeos gastrintestinais e pulmonares dos equinos (SPINOSA, 2017).

Conheça as soluções JA Saúde Animal

A JA Saúde Animal conta com uma ampla linha de antiparasitários, com destaque para dois produtos em pasta que podem ser utilizados no controle e na prevenção das verminoses em equinos. Um deles é o Equijet, uma associação de dois potentes princípios ativos anti-helmínticos: a Ivermectina e o Pamoato de Pirantel, sendo indicado para ao combate de diversos parasitas, incluindo Oxyuris equi.

O produto atua provocando uma paralisia nos helmintos, seguida de morte e eliminação pelo peristaltismo. Equijet é pouco hidrossolúvel, agindo em todo o trato digestório dos animais, característica muito importante para o tratamento do Oxyuris, já que o parasita se localiza no cólon dos equinos. Sua administração deve ser feita via oral, aplicando no fundo da boca do animal (sem a presença de alimentos), na dosagem de 5g para cada 100 kg de peso.

Outro antiparasitário em pasta da JA é o Altec Pasta, pronto para uso, de amplo espectro de ação, à base de Ivermectina 2%. O produto age causando a paralisia tônica e morte dos helmintos, que posteriormente são eliminados pelo peristaltismo via fezes. Altec Pasta deve ser administrado por via oral, com seringa dosadora específica, utilizando-se a dose 200 mg/kg do peso corporal, sendo uma seringa 6 g suficiente para tratar 600 kg de peso.

Independentemente, do produto utilizado, recomenda-se que seja feita a vermifugação dos equinos pelo menos três vezes ao ano, cumprindo intervalos de 4 meses entre as administrações. Para conhecer mais detalhes sobre essas e outras soluções antiparasitárias da JA, acesse o nosso site!

Texto: Juliana Melo (Médica Veterinária / Jornalista)

Referências

BOWMAN, D.D.; LYNN, R.C.; EBERHARD, M,L, ALCARAZ, A. Parasitologia Veterinária de Georgis, 8. ed. Tamboré: Editora Malone, 2006. 422p.

INÁCIO, I. P. H. M. Prevalência de Oxyuris equi em equinos estabulados em unidade militar na vila de Mafra. 107p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2017. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/132620572.pdf. Acesso em: 10 de abril de 2013.

LIMA, RA de S.; CINTRA, A. G. Revisão do Estudo do Complexo do Agronegócio do Cavalo. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasília, v. 56, 2016. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/camaras-setoriais-tematicas/documentos/camaras-setoriais/equideocultura/anos-anteriores/revisao-do-estudo-do-complexo-do-agronegocio-do-cavalo. Acesso em: 10 de abril de 2023.

MARTIN, R.J. Modes of action of anthelmintic drugs. Veterinary Journal, v.154, p.11-34, 1997.

SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia aplicada à Medicina Veterinária, 6ª ed, Editora Manole, Barueri-SP, 2017.

TRANGAY, H.A.H. Diagnóstico de parasitosis gastrointestinal por los métodos de flotación, hakarua ueno y graham modificado, en ganado mular de la aldea yulba del municipio de cuilco, huehuetenango. 2008. 52 f. Tese de conclusão de curso – Universidad de San Carlos de Guatemala Facultad de Medicina Veterinária y Zootecnia, Guatemala, 2008.

URQUHART, G.M.; ARMOUR, J.; DUNCAN, J.L.; JENNINGS, F.W. Parasitologia Veterinária, 2 ed. Rio de Janeiro, 1998. 273 p.

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